Pode parecer um comentário cretino e pretencioso, mas num dos meus ataques imaginativos, fiquei pensando como seria bom se cada vez mais informações e softwares estivessem online, se pouco importasse o computador que você estivesse usando. O devaneio envolvia situações de trabalho, onde você poderia mudar de ponto sem mudar de máquina, mantendo os programas e informações praticamente intactos e acessíveis independemente de onde você esteja. Na verdade, é até o que boa parte do conceito da web 2.0 prega. Mas, entre delirar e fazer há uma imensa distância. E é aí que entra o Google.
O mais legal dessa história toda é que esse conceito existe e se chama cloud computing ou, como tem sido chamado em português, computador nas nuvens. Nesse caso, as nuvens são os micros que compõem essa tal internet e elas podem prover ao usuário tudo o que ele precisa e costuma usar atualmente sem ser a necessidade de um computador parrudo — muito pelo contrário. A tendência é que os micros sejam extremamente básicos e, por consequência, mais baratos e acessíveis. Algo como teclado, mouse, monitor e um chip que vai se encarregar de fazer a ligação dele com a rede. Mas, por outro lado, se tudo estiver online, haverá um consumo de banda maior, o que pode incorrer em aumento de custo para o usuário final.
As novidades pesarão para o lado dos servidores, que passarão a fazer o trabalho pesado. E, como essa conta terá de ser paga por alguém, sugere-se que seja pelas empresas que estiverem oferecendo a parte de serviços, que serão as grandes estrelas do jogo, sendo peças-chave nele. Coitados dos fabricantes de hardware…
Apesar de começar a pipocar em 2007, o cloud computing começa a ser mais falado agora. O tema virou matéria do Jornal da Globo e pode ser visto na íntegra no vídeo abaixo, que traz trechos como: “As fotos da família, os vídeos, a planilha com as contas da empresa, os textos… Virtualmente, tudo pairando sobre nós. Você acessa seus dados de qualquer computador, em qualquer lugar. E mais do que isso: os programas também ficam nas nuvens. Você recebe em sua tela o processador de textos, o editor de fotografias, enfim, o software que bem entender. ” Mais do que falar de computador, nuvens e afins, vale a pena conferir no vídeo a primeira entrevista de Eric Schmidt para uma TV latino-americana.
A hora é de aguardar e ver se é nuvem passageira ou não. Torçamos para que ela chegue logo e para que faça uma boa bagunça por aí.
Veja íntegra da reportagem do Jornal da Globo sobre cloud computing: