Pais: aliados ou rivais

Bruno ParodiTecnologiaLeave a Comment

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A foto é clara: meu pai, eu e minha nonna (avó, em ltaliano) Luiza.

Uma vez um amigo disse: “você passa a vida inteira tentando:
1) agradar seus pais OU
2) provar algo para eles

No caso 1, você os ama e quer recompensá-los por todo carinho. No caso 2, você também pode amá-los, mas precisa mostrar a eles que é muito mais do que eles acreditam.

Outro dia vi o documentário sobre o Silvester Stallone na Netflix. E é incrivelmente chocante. Sly, como o astro é chamado, tem um pai durão, desafiador e truculento — a ponto de situações que culminam em agressões físicas — mesmo quando adulto e consagrado.

Fui um garoto franzino, filho de um italiano que veio para o Brasil com 3 anos, e que durante parte da minha infância ostentava — coincidentemente — um poster do Rocky acima da cama — Freud explica fácil. Minha mãe não aparece na foto, mas ela depois de alguns anos não estaria mais por aqui, fazendo meu pai ganhar um significado ainda mais amplo.

Mas meu pai não tinha nada a ver com o pai do Stallone. O meu era papo, amizade, bom humor, sentimento de time, de família. E eu notei que fazia parte esse tipo de caso número 1, tentando dar em dobro tudo que ele fez por mim.

Infelizmente, você não escolhe os pais que têm. E isso quer dizer que você, assim como um Steve Jobs da vida, pode passar a sua existência inteira tentando mostrar que merecia melhor atenção de quem esteve por perto.

Seja caso 1 ou 2, você acaba sendo lembrado pelo que fez com o que recebeu. Porque isso acaba sendo confundido com o que você foi.

E você não pode responsabilizar seus pais eternamente por tudo, para o bem ou para o mal.


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